Mundo do Aço

Notícias

As importações de aço da China foram o principal fator de impacto nos nossos negócios”, disse o executivo. “Nos assusta um pouco a demora do governo em tomar alguma decisão [de proteção comercial]”, acrescentou. Conforme Werneck, com a redução do crescimento econômico na China, motivada principalmente pela fraqueza nos setores de infraestrutura e construção civil, o governo chinês passou a subsidiar as usinas locais para manter o nível de emprego e um excedente crescente de aço passou a ser exportado. “O governo chinês subsidia a produção de aço, com exportações a preços inferiores ao custo, e esse aço vai para países que não adotaram medidas de proteção comercial, caso do Brasil”, afirmou. No ano passado, segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), as importações de aço foram recordes, com 5 milhões de toneladas. Em dezembro, disse o presidente da Gerdau, a taxa de penetração desses produtos chegou a 25% e o ritmo acelerado de importação se mantém neste início de 2024. “Isso está levando ao fechamento de produção e coloca em risco milhares de empregos no Brasil”, reiterou Werneck. Na Gerdau, com a demissão de mais 100 trabalhadores na usina de Pindamonhangaba (SP) na semana passada, os cortes já chegaram a 1 mil trabalhadores. E a siderúrgica seguirá avaliando novos ajustes, alertou o executivo. Questionado sobre a possibilidade de a Gerdau revisar o plano de investimentos de R$ 6 bilhões anunciado para 2024 por causa desse cenário, o executivo disse que não haverá redução dos desembolsos no curto prazo, mas a siderúrgica já avalia medidas de ajuste do tamanho da operação no Brasil às condições atuais de mercado. “Os investimentos que estamos fazendo agora visam a trazer retorno ao longo do tempo”, explicou. Contudo, se a China se mantiver como grande exportadora de aço e o Brasil não adotar medidas de proteção comercial, a siderúrgica poderá direcionar mais investimentos a outros países, como o México, que tem se consolidado como importante plataforma de exportação aos Estados Unidos, do que ao país. “Fazemos um apelo ao governo federal brasileiro que analise de forma rápida esse tema, evitando que um setor relevante e estratégico como o do aço seja duramente penalizado, perdendo competitividade futura”, afirmou. As usinas instaladas no país pedem o aumento da alíquota de importação de aço para 25% desde o segundo semestre, para mais de três dezenas de NCMs, mas o governo não atendeu ao pleito até agora.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Metalurgia & Materiais
Publicação: 06/02/2024


Rua Virgínia Brandão, 157 - Santa Luzia, Ubá-MG, 36506-006
Nosso site utiliza cookies para melhorar a navegação do usuário. Os cookies são pequenos arquivos de páginas que você visita e que ficam salvos no seu computador. Clicando em "Eu Aceito!", você concorda com esse armazenamento no seu dispositivo e nossa Política de Privacidade.